quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SAÚDE PÚBLICA, LUCROS PRIVADOS


É preciso lembrar que, em todo o mundo, dois milhões de pessoas morrem a cada ano, vítimas da malária. Também dois milhões de crianças falecem por causa de diarréia. O que poderia ser evitado com medidas básicas de higiene, saneamento básico, água potável, ou simplesmente soro caseiro, uma mistura que custa muito pouco.
Outras tantas doenças, tais como o sarampo, pneumonia e rubéola, provocam a morte de cerca de dez milhões de mortes a cada ano. E também podem ser evitadas de forma simples. E barata. Entretanto, todas essas enfermidades têm uma característica ainda pior que sua letalidade: são endêmicas em países não desenvolvidos. Em bom português, são “doenças de pobre”. E, portanto, não interessam ao mercado farmacêutico.
O principal – talvez único – medicamento utilizado no combate à Influenza A até o momento é produzido por um também único laboratório, com sede na Europa. O preço de cada caixa com 20 comprimidos, nos países que vendem o produto (não é o nosso caso), gira em torno de US$ 70. Bem mais do que os poucos centavos necessários para a obtenção do soro caseiro.
A (falta de) saúde é um ótimo negócio!

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