sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O TAMANHO DO MUNDO


Os novos dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China (ENEC) revelam que, para o ano de 2007, o PIB chinês ultrapassou o da Alemanha, alçando o país ao terceiro lugar no ranking mundial, conforme a tabela acima (dados do ENEC e FMI). Os números revelam um crescimento de 13%, o maior para o país desde 1994.
A vertiginosa aceleração da produção da riqueza em território chinês se deve principalmente a três fatores: o controle estatal sobre a cotação da moeda local (o yuan é artificialmente desvalorizado frente ao dólar para incentivar ainda mais as exportações), o uso de mão-de-obra extremamente barata (e sem o amparo de benefícios trabalhistas) e o completo desrespeito às normas ambientais. Por descumprir regras que outros países obedecem, os fabricantes chineses tornam seus produtos ainda mais acessíveis, desequilibrando o jogo do mercado global.
Apesar disso, conforme discutido em outro post deste blog, a China não pode ser considerada um país desenvolvido, dado que boa parcela de sua população não tem acesso aos benefícios trazidos por essa riqueza. A concentração de renda é um mal que atinge o único país a adotar um “sistema socialista de mercado” no planeta, fato que se agrava em função de seu imenso contingente populacional.
Por outro lado, a tendência de distanciamento entre China e Alemanha parece se consolidar, principalmente porque o país europeu está às portas da recessão. Portanto, caminha o gigante asiático rumo ao segundo lugar da tabela.

Ao mesmo tempo, podemos ver que a posição norte-americana é bastante confortável, o que garantirá aos EUA o título de maior potência econômica mundial por várias décadas. Em números atuais, o PIB estadunidense corresponde a 25,30% da riqueza mundial (ou o somatório de Japão, China, Alemanha e Itália, por exemplo). Por outro lado, o Brasil, país de dimensões continentais, aparece em um modesto décimo lugar, atrás da Espanha. Mas isso eu deixo pra outro post...

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