quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ENTRE IRMÃOS


Relutei bastante em escrever este post. Afinal, sinto-me emocionalmente envolvido por minha ascendência cultural e, portanto, temia por uma possível parcialidade. Lembrei-me então do grande mestre Maurício Silva Santos, em uma das aulas na graduação. Dizia ele que “não há ciência imparcial”, ou melhor, não há pensadores imparciais. O homem sempre será movido pela ideologia, pelas convicções e, em última instância, pelo amor e pelo ódio.
E, pelo visto, são esses dois sentimentos gêmeos os principais responsáveis pelo atual cenário observado no Oriente Médio. Para mim, a chave para a compreensão do problema que envolve uma parcela de árabes e judeus daquela região. Sim, uma parcela, pois há promotores da paz e do ódio dos dois lados do conflito. Não se pode reduzir o problema a um “ódio incondicional” de um povo pelo outro, pois, assim fosse, não teríamos uma convivência pacífica entre os mesmos aqui no Brasil ou em outras partes do planeta.
É claro que há diversos outros fatores “menos filosóficos”, por assim dizer, envolvidos. E que há um desequilíbrio/desproporcionalidade entre as forças envolvidas. Entretanto, esta é uma discussão complexa, que exigiria tempo e espaço maiores dos que os aqui possíveis. Deixo essa parte para as salas de aula. E, para este blog, o meu sentimento de tristeza e um apelo pela paz.

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