Na quinta-feira passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, assinou uma ordem executiva determinando o fechamento da prisão em Guantánamo no prazo de um ano. Encravada em solo cubano, a prisão norte-americana é um símbolo da truculência militar remanescente da época da Guerra Fria, e da qual não sentiremos saudades.
A resolução foi recebida com satisfação por quase todo o mundo, principalmente porque Obama determinou também a suspensão imediata de métodos violentos nos interrogatórios dirigidos aos suspeitos presos naquela base militar. A ordem executiva também prevê o fechamento de prisões secretas da CIA que porventura ainda estejam em funcionamento.
De imediato, fica garantida a suspensão dos julgamentos em Guantánamo por 120 dias, além da revisão da situação dos 245 prisioneiros lá detidos. É bastante provável que a maioria dos detentos seja transferida para a Europa, mesmo que tal condição não seja plenamente aceita por todos os 27 Estados membros da UE. Mas o mais importante é, sem dúvida, a destruição deste símbolo da arrogância político-militar estadunidense. Por um canhoto.
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