quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO


Continuando o papo de ontem, segunda (hoje, pra mim, ainda é terça! rs), vamos falar mais um pouco sobre esse tal de ordenamento territorial.
Desde os adventos das décadas de 1970 e 1980, que transformaram radicalmente o contexto econômico internacional (crises do petróleo), percebemos que o sistema capitalista tem buscado novos caminhos para sua (re)produção. O que hoje chamamos de globalização - e que, para alguns, tem início nas "grandes navegações" da Europa dos séculos XV a XVIII - nada mais é do que um instrumento para alcançar novas fontes de riqueza e novos mercados, numa mera continuidade do processo de acumulação.
A "novidade", agora, é o paradigma da governança, ou seja, o estabelecimento de um modelo produtivo em que o Estado dá lugar aos agentes institucionais. Não somente a iniciativa privada, não a "mão invisível" de Adam Smith, mas um conjunto de atores que, por sua capacidade competitiva, são capazes de atrair investimentos. Desta forma, as atividades produtivas não mais dependem exclusivamente da disponibilidade de fatores abundantes (matérias-primas, energia, localização estratégica), mas também, numa escala crescente, da organização empresarial, no que diz respeito aos circuitos de produção, circulação e consumo, e possibilidade de uso de tecnologia, como fatores de crescimento.

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