quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O QUE PODEMOS FAZER PARA COMBATER A POBREZA?


“Ninguém é tão rico que não precise de nada, nem tão pobre que não possa doar algo”. Certamente você já ouviu essa frase. Não sei o que pensa dela, mas eu concordo plenamente. É claro que as pessoas têm necessidades diferentes, vidas diferentes e, portanto, alguns têm mais a dar do que outros, assim como há os que necessitam mais do que nós.
Não creio que precisemos falar de extremos aqui, da miséria absoluta na Etiópia ou Bangladesh, ou dos palácios opulentos no Oriente Médio ou na Europa. Até porque a pobreza e a miséria se fazem notar a cada esquina, em uma parcela cada vez maior da população mundial, mesmo nos países mais ricos. Mas é justamente essa pobreza cotidiana que me preocupa. Não somente por sua condição de obstáculo crescente e permanente à cidadania, mas também pelo que causa em nós, outros, que não vivemos em miséria.
Vivemos um período de rápidas, bruscas e profundas mudanças. Um ritmo frenético e avassalador, que a todos domina. E, associado à tecnologia, esse tempo acaba por nos levar pelos caminhos do individualismo, da impaciência, da intolerância. Infelizmente, na minha opinião, esse contexto nos faz, de certa forma, “banalizar” a pobreza, a miséria, a violência. Não mais nos compadecemos daqueles que sofrem ao nosso lado, embora estejamos prontos a ajudar e nos engajar em campanhas quando movidos pela mídia. Não somos capazes de oferecer um pedaço de pão ao nosso vizinho, mas queremos comprar pulseirinhas coloridas que nos identifiquem como apoiadores de campanhas de solidariedade do outro lado do mundo.
Para ajudar, não é preciso muito, basta o suficiente. Tampouco demanda esforços continentais, basta olhar pro lado. Trabalhe para quem precisa, doe como puder. Nem só de pão vive o homem, não só o dinheiro ameniza a condição de pobreza. Faça a sua parte.



Nenhum comentário: