quinta-feira, 25 de setembro de 2008

BRAVATAS


O presidente do Equador, Rafael Correa, às vésperas de um referendo que poderá alterar profundamente a Constituição de seu país (por proposta dele mesmo), colocou as tropas em campo para ocupar uma usina hidrelétrica construída por um consórcio liderado pela brasileira Odebrecht. Além disso, baixou decreto proibindo quatro dirigentes da empresa brasileira de deixar o solo equatoriano, e veio a público ameaçar não pagar um empréstimo que teria sido contraído junto ao BNDES para as obras.
Não sei até que ponto uma hidrelétrica construída no interior do Equador pode ser capaz de alterar os rumos de uma consulta pública, mesmo sabendo que a usina - quando em pleno funcionamento - será capaz de suprir cerca de 12% do total da energia consumida pelo povo equatoriano. O que me espanta é saber que o empréstimo para a realização da obra NÃO foi contraído pelo governo equatoriano, mas pela própria empreiteira, conforme consta nos documentos do banco estatal brasileiro. Tem gente falando demais...

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