terça-feira, 23 de setembro de 2008

A BOLSA OU A VIDA


Como não poderia deixar de ser, eis aqui um post sobre os últimos acontecimentos do mundo financeiro. Poucas linhas, no meio de tanto a ser dito. E a certeza de que, em meio a essa turbulência - só comparável à crise da Bolsa de Nova York, em 1929 - ficam algumas lições. Algumas delas:

1) Vivemos definitivamente em uma aldeia global. Aliás, essa expressão tem, em suas duas palavras, um sentido interessante. Primeiro, o sentido global de nossa existência. Estamos permanentemente conectados em todos os pontos do planeta, e não há crise que não se faça sentir aqui ou ali. Segundo, o sentido de aldeia, de lugar pequeno, a que estamos sendo impelidos, graças à tal revolução tecnocientífica, goste você dela ou não. Os deslocamentos - de informações, pessoas, capital e tecnologia são tão rápidos e fáceis quanto numa pequena aldeia de pescadores perdida por aí... Portanto, não pense em se esconder ou usar a "estratégia avestruz", pois a crise te encontrará, onde quer que você esteja.
2) Não confie em ninguém, principalmente quando se tratar de agências de rating. Aqueles que nos julgavam, e nos davam notas por nosso desempenho econômico, quebraram. Ou, no mínimo, não foram competentes para prever sequer 10% da crise que se avizinhava. Entretanto, foram pródigos – assim como o FMI – em ditar regras para o funcionamento da economia brasileira, argentina, mexicana… Falam dos outros, mas têm a bunda suja.
3) Não confie também em quem detém dinheiro e poder em demasia. Boa parte da crise se deve à política equivocada do Federal Reserve – o Banco Central norte-americano – em manter, por um longo período (à época do Alan Greenspan), as taxas de juros em níveis muito baixos, provocando uma elevação nos níveis de consumo naquele país.
4) Esse modelo de globalização é perverso e assustador! Parem o mundo que eu quero descer!!!

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