segunda-feira, 25 de agosto de 2008

COMÉRCIO JUSTO? O QUE É ISSO???

Você aceitaria pagar um pouco mais por um produto que, durante seu processo de fabricação – ou de cultivo – não apresentou danos ao ambiente nem significou exploração indevida do trabalho? E se alguém te dissesse que a maior parte do valor pago por esse mesmo produto iria diretamente para as mãos daqueles que efetivamente o produziram, em comunidades de baixa renda? Bem, há um número crescente de pessoas que respondem sim a essas perguntas em todo o mundo. Prazer em conhecer, este é o “comércio justo” ou “solidário”.
Misto de sistema comercial e movimento social, o comércio justo busca ser uma ferramenta de inserção maior de pessoas na economia mundial, através de normas que possibilitem ao mesmo tempo a produção sustentável e a inclusão social. Já conhecido nos países ricos, o comércio ético começa a se firmar no Brasil a partir da atuação do SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária) e do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), além de outras entidades da sociedade civil. Entretanto, a prática do comércio justo já é velha conhecida, não pelos consumidores, mas principalmente por diversos produtores nacionais. Infelizmente, pela pouca divulgação de sua importância, o reconhecimento ao produto se faz fora de nossas fronteiras.
Ainda é difícil convencer o consumidor, em nosso país, a pagar até 350% a mais por um produto em função de sua rotulagem como “produto justo”. Os benefícios não se fazem diretamente ao comprador, como no caso dos produtos orgânicos, livres de hormônios ou agrotóxicos. Entretanto, a prática do comércio justo aumentou significativamente em todo o mundo no ano passado. Segundo a FAIRTRADE, organismo internacional que reúne produtores e entidades certificadoras do comércio justo, esta prática movimentou € 2,3 bilhões em 2007 e estima-se uma alta de aproximatamente 34% para os valores deste ano, apesar da crise econômica que se avizinha. Donde se conclui que a responsabilidade social no consumo de produtos definitivamente alcançou novo patamar.

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